Lígia Mara Mencarelli - Ciências/Química
"Não faça aos outros o que você não quer que seja feito a você."
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ATIVIDADE COLABORATIVA I
Lígia Mara Mencarelli
1 - Quantos alunos estão matriculados nos diferentes níveis de ensino da escola?
Ensino Fundamental II: 481
Ensino Médio: 1124
Total: 1605
2 - Qual a faixa etária predominante dos alunos?
Ensino Fundamental II: de 10 a 14 anos
Ensino Médio: 14 a 18 anos
3 - Há mais mulheres ou homens?
Ensino Fundamental II: 246 mulheres e 235 homens
Ensino Médio: 548 mulheres e 576 homens
4-Essa distribuição é equilibrada?
Analisando os dados obtidos, concluo que há um equilíbrio. Na Unidade Escolar possuímos 811 homens e 794 mulheres.
5 - Qual a situação quanto ao nível socioeconômico e aos aspectos socioculturais desse público?
70% dos nossos alunos originam-se de famílias pobres. Moram em conjuntos habitacionais originários da reurbanização de favelas. O espaço é bem pequeno e o número de pessoas que lá habitam é grande. Muitos são mantidos pelo esforço individual de um dos genitores. O desenvolvimento cultural é bem pequeno. Possuímos um CEU próximo da escola, que promove eventos gratuitos, mas a minoria frequenta.
6 - Os estudantes residem na comunidade próxima à escola?
Ensino Fundamental II: Sim, os alunos que recebemos no 6º ano, são oriundos de três escolas vizinhas; duas municipais e uma estadual, sendo em sua grande maioria, moradores do entorno.
Ensino Médio: Não, recebemos alunos de uma única escola municipal do entorno, os demais são oriundos de regiões distantes, a maioria necessita de transporte urbano para se locomover até a escola, outros, por falta de recursos, deslocam-se a pé, fazendo caminhadas diárias de até uma hora e meia.
7- A escola conhece as famílias dos estudantes?
A escola gostaria que esse relacionamento fosse estreito, mas ainda não conseguimos atingir esse objetivo. Na maioria dos casos, os pais trabalham o dia todo. Quando são solicitados pela escola, a visita, por vezes, chega há demorar quinze dias. Quando nos visitam, estão cheios de pressa e já informando que tem pouco tempo e que não os chamemos mais, porque ‘eles não tem tempo’. Como a equipe escolar já está habituada a esse problema, convocamos os pais só em casos de extrema necessidade. Nas reuniões de pais, a frequência aumenta, mas nas festas, poucos prestigiam seus filhos.
8- Como vocês caracterizam o desempenho escolar dos alunos?
Baixo ainda, mas acima da média estadual. A unidade escolar conta com o apoio de uma equipe bastante comprometida, interessada em desenvolver o potencial dos alunos. Cabe ressaltar ainda que, mesmo com as situações difíceis que enfrentamos no dia-a-dia, como por exemplo: infra estrutura, falta de funcionários, professores em licença médica e até mesmo, falta de eventuais, conseguimos desenvolver um bom trabalho.
9- Como é o padrão de relacionamento dos estudantes com os professores e funcionários?
Mantemos um bom relacionamento com nossos alunos. São pontuais os problemas de indisciplina. Muitos educadores são tidos como exemplo por nossos alunos, pois estamos mais próximos deles do que os próprios pais. No cotidiano escolar é comum sermos procurados para ajudar a solucionar conflitos internos e até da própria família, pois o adolescente, não tem a quem recorrer. Basicamente, formamos uma grande família, onde o dar e receber são recíprocos, tornando assim, o ambiente propício para o aprendizado.
10- Quais são as atividades escolares de maior interesse dos estudantes?
Projetos, os mais variados. Desde concurso literário, festival de cinema, sarau, turmas de atletismo, confecção de lembrancinha para o dia das mães e dia dos pais, aborto, drogas, sexualidade, aulas práticas, festa junina, dia das crianças com festa a fantasia, até as festinhas de encerramento do semestre, são muito esperadas.
11 - Quais são as atividades sociais, culturais e comunitárias preferidas por eles?
Em nosso bairro e redondeza, a oferta de lazer é bem pequena. Tem um grupo que adora reunir-se para fazer rimas, outros, tocar samba, muitos frequentam encontros ao ar livre para ouvirem e dançarem funk, outros; são extremamente religiosos, e além de frequentarem igrejas, desenvolvem vários tipos de atividades lá. Temos também, o grupo do pessoal que não sai da internet ou da TV, mas a maioria frequenta nossa quadra para jogar futebol que, é praticado por meninos e meninas. O s alunos do Ensino Médio, em sua maioria, frequentam cursos profissionalizantes, em turnos contrários ao da escola. Quando questionados sobre a opção de lazer, a resposta é a ESCOLA.
Quase não saem da escola, pois o poder aquisitivo é baixo. Com a criação do programa “Cultura é Currículo”, temos frequentado museus, cinemateca, bienal do livro, etc.
12- Vocês, como educadores, conhecem seus alunos?
Gostaríamos muito de conhecê-los melhor, mas o tempo é escasso. A adolescência é uma fase difícil de ser compreendida por eles, e às vezes nos deparamos com reações que nos surpreendem. Resumindo, nos falta tempo para suprir essas necessidades, inclusive, as afetivas.
13 - De que forma vocês poderiam conhecê-los melhor?
Capacitando-nos. Durante toda nossa formação, foi-nos imposto que o importante era desenvolvermos os conteúdos, mas do jeito que o mundo sofre transformações constantes e da maneira individualista que as pessoas vivem, talvez nos aperfeiçoando para aprendermos a desenvolver o lado afetivo/emocional, conseguiríamos nos aproximar ainda mais.
14 - Que estratégias vocês poderiam utilizar para se aproximarem mais deles e de sua realidade?
*Tenho percebido que um dos grandes conflitos, que eles enfrentam, é quanto á escolha profissional. Talvez se fizéssemos um projeto que abordasse sobre as profissões, os ajudariam.
*Se os momentos de encontro coletivos, não fossem tão burocráticos, poderiam ser mais bem aproveitado. Esse espaço deveria ser utilizado para debater os problemas pelos quais os jovens passam, e através de troca de experiências, poderíamos ajudá-los mais.
Até a data de hoje, 23-10, ainda não consegui um espaço, nos horários de HTPC, para falar sobre esse curso.
*Criação de novos projetos, baseado na necessidade dos adolescentes. Exemplo:
Esses dias fiz a seguinte pergunta:
O que poderíamos fazer para conscientizar o maior número de pessoas para a não utilização de drogas?
As sugestões foram:
*Peças teatrais.
*Cartazes.
*Vídeos; mostrando o antes e o depois.
*Palestras.
*Assistir o programa: “A Liga” tema drogas.
*Depoimentos de quem já usou drogas.
*Filme: Aos 13.
*Debate.
*Prática de esportes.
*Palestra para os pais.
*Visitas até clínicas de reabilitação.
*Atividade física mais intensa.
*Aproximação dos professores com os alunos.
*Atividades com os pais, sobre drogas.
O aluno Kelvin Guilhermino de Oliveira, da EE Silvana Evangelista, da Diretoria de Ensino Leste 3, é um dos 37 jovens selecionados para o programa Jovens Embaixadores de 2013, da Embaixada americana.
Ao todo, 37 estudantes brasileiros da rede pública participarão de intercâmbio nos Estados Unidos em janeiro. A seleção foi feita entre mais de 16 mil candidatos de todos os estados do Brasil.
O Coordenador do CEL, Profº Lopes, participou do processo seletivo do programa na Diretoria de Ensino para as provas escritas, orais e entrevistas em 2011 e neste ano, em que o aluno também foi candidato, e considera o resultado uma grande vitória:
“Estou muito feliz e orgulhoso do Kelvin. Em 2011, quase foi selecionado como candidato da região, tendo estudado inglês sozinho (sem cursinho). Contudo, continuou a estudar e a se preparar, ainda mantendo várias atividades, incluindo o trabalho voluntário. Por isso, além do conhecimento da língua, Kelvin se destaca por seu jeito contagiante, inteligência emocional e força de vontade. O perfil de um verdadeiro Jovem Embaixador.”
Esperamos que esta notícia possa incentivar muitos outros alunos a buscar excelentes oportunidades por meio do estudo de uma língua estrangeira.
Congratulations, Kelvin!
Veja também:
https://www.jovensembaixadores.org/2013/
https://ultimosegundo.ig.com.br/educacao/2012-10-23/conheca-os-37-jovens-embaixadores-de-2013.html
https://www.centrodelinguas.net.br/x/?p=447